Déficit Habitacional

O déficit habitacional constitui um indicador que mensura a precariedade das condições de habitabilidade de um domicílio. Essa precariedade pode manifestar-se pela carência de infraestrutura básica, como o acesso a redes de água potável, esgotamento sanitário e coleta regular de resíduos sólidos, bem como pelas condições estruturais insatisfatórias da unidade habitacional ou, ainda, pela ausência de moradia. Esse fenômeno exerce impacto direto e negativo sobre a qualidade de vida, saúde, oportunidades de desenvolvimento social e econômico das famílias atingidas.

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Análise de Dados

No Piauí, é possível ver que até 2022, a carência de moradias ou as condições habitacionais inadequadas concentram-se predominantemente na área urbana, embora ainda se verifique um volume significativo na área rural. Em 2022, o déficit atingiu 12,1% dos domicílios do estado, indicando um aumento de 0,6 ponto percentual em comparação com 2016. Neste mesmo ano, o Piauí está entre os 10 estados mais afetados do país e posicionava-se como o segundo estado nordestino com a mais alta taxa de déficit habitacional.

Metodologia e Notas Técnicas

Para calcular o déficit, a FJP considerou as famílias cadastradas no CadÚnico com a última atualização feita até 24 meses antes de 31 de dezembro do ano analisado. Por exemplo, para 2019, o cálculo incluiu as famílias que atualizaram o cadastro entre 31/12/2017 e 14/11/2020.

Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP).

Para mais detalhes, consulte a nota técnica “Metodologia do déficit habitacional e da inadequação de domicílios no Brasil – 2016-2019”, da Fundação João Pinheiro (2021).

Importante: Dados de 2020 e 2021 não foram divulgados via IBGE devido à pandemia de Covid-19.