Taxa de Distorção Idade-Série

A distorção idade-série consiste em um indicador que mensura a adequação etária do estudante em relação à etapa de escolarização que frequenta. Essa métrica permite identificar atrasos e adiantamentos durante o período escolar, além de subsidiar o diagnóstico de gargalos estruturais no processo de ensino-aprendizagem. A partir desse indicador, é possível delinear estratégias de intervenção que promovam acesso, permanência e conclusão das etapas do ensino fundamental e médio, contribuindo para a redução das desigualdades educacionais. Os fatores associados à repetência, entrada tardia ou abandono do ensino são múltiplos e interdependentes, mas vale ressaltar que a origem, raça, vulnerabilidade econômica e social são tópicos essenciais para o entendimento completo do cenário da educação em todo o país.

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Análise de Dados

A partir desse conjunto de fatores, é importante ressaltar que a zona rural do Piauí apresenta desempenho inferior ao da zona urbana, sobretudo no ensino médio. Embora as séries históricas indiquem uma tendência de redução da distorção idade-série em todas as etapas de ensino nos últimos anos, o ensino médio permanece como o nível mais crítico em âmbito nacional com percentual de 26,6%. Persistindo um quadro de atenção nos anos finais da educação básica, nos quais se concentram as maiores taxas de distorção idade-série e evasão escolar.

Metodologia e Notas Técnicas

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A distorção idade-série é um indicador que mede a proporção de alunos com dois ou mais anos de atraso escolar. No Brasil, a escolarização obrigatória vai dos 4 aos 17 anos. Segundo a legislação, aos 4 anos a criança deve estar na pré-escola, aos 6 anos no ensino fundamental e aos 15 no ensino médio. Idealmente, os alunos dos anos iniciais do fundamental teriam entre 6 e 10 anos, os dos anos finais entre 11 e 14 anos, e os do ensino médio entre 15 e 18 anos.

As variáveis analisadas incluem o ano de referência, a localização geográfica (rural/urbana) e o tipo de instituição (estaduais, municipais, federais, públicas e privadas).

Taxa de Mortalidade Materna a Cada 100 Mil Nascidos Vivos

A taxa de mortalidade materna é um indicador fundamental para compreender a qualidade da atenção à saúde da mulher e, de forma mais ampla, as condições de vida de uma população. Ao mensurar a frequência de óbitos de mulheres, o indicador revela não apenas o acesso aos serviços de saúde, mas também a eficácia, a resolutividade e a oportunidade da assistência prestada. Por seu caráter sensível a desigualdades regionais e estruturais, a taxa de mortalidade materna auxilia na orientação de políticas públicas e na comparação do desempenho entre diferentes territórios.

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Análise de Dados

Em 2022 o Piauí atingiu 88 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos, retornando ao patamar próximo ao atingido em 2018, taxa pré-pandemia de COVID-19, situação que colocou o setor de saúde em crise e influenciou no pico de perdas destas vidas em 2021 (128 óbitos).

Atualmente, o estado se encontra na 4ª posição nacional dentre os estados com maiores taxas de mortalidade materna. Em 2018, a posição era de 3º colocado, o que indica a persistência desse problema e a necessidade de mais políticas públicas para atender a essa questão.

No comparativo nacional, é possível observar que estados do Norte e Nordeste aparecem entre as piores taxas. A faixa etária mais atingida é de 40 a 49 anos.

Metodologia e Notas Técnicas

Cálculo da Taxa de Mortalidade Materna: (Quantidade de óbitos maternos / quantidade de nascidos vivos)*100.000, ou seja, número de mortes maternas dividido pelo número de nascidos vivos e multiplicado por 100 mil.

Os dados utilizados para a construção deste painel foram coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) gerido pelo Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis – DASNT, da Secretaria de Vigilância em Saúde, em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, acessível no site do Datasus e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente.