Obtivemos os dados acima através do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), utilizando especificamente da tabela “7113 – Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por sexo e grupo de idade”. Foi selecionada a variável ‘’Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade (%)’’. No campo ‘’Sexo’’, optou-se pelas categorias ‘’Total’’, ‘’Homens’’ e ‘’Mulheres’’. Para ‘’Grupo de idade’’, foram selecionadas as faixas etárias: ‘’15 anos ou mais’’, até ‘’60 anos ou mais’’.
A distorção idade-série é o indicador que clarifica se um estudante tem a idade esperada para a série que está cursando. Com este indicador é possível mapear atrasos, adiantamentos e principalmente sinalizar oportunidades de melhoria no ensino para que todos possam ter acesso, permanência e conclusão da educação fundamental e ensino médio.
Os fatores que influenciam a repetência, entrada tardia ou abandono do ensino são os mais diversos, mas vale destacar que origem, raça, vulnerabilidade econômica e social são tópicos essenciais para o entendimento completo do cenário da educação em todo o país.
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Análise de Dados
Com este olhar ampliado de fatores, é possível destacar que a zona rural no Piauí tem desempenho pior que a zona urbana, especialmente no ensino médio.
Enquanto os dados históricos registram melhora, ou seja redução de distorção idade-série, em todas as etapas de ensino ao longo dos últimos anos, também é importante notar que o ensino médio segue sendo o mais problemático em todo o país.
O Piauí avança nos resultados de escolas públicas no geral, é bem posicionado quando comparado a outros estados nordestinos mas também tem um cenário de alerta para os últimos anos escolares, nos quais a distorção e a evasão são maiores.
Metodologia e Notas Técnicas
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A distorção idade-série é um indicador que mede a proporção de alunos com dois ou mais anos de atraso escolar. No Brasil, a escolarização obrigatória vai dos 4 aos 17 anos. Segundo a legislação, aos 4 anos a criança deve estar na pré-escola, aos 6 anos no ensino fundamental e aos 15 no ensino médio. Idealmente, os alunos dos anos iniciais do fundamental teriam entre 6 e 10 anos, os dos anos finais entre 11 e 14 anos, e os do ensino médio entre 15 e 18 anos.
As variáveis analisadas incluem o ano de referência, a localização geográfica (rural/urbana) e o tipo de instituição (estaduais, municipais, federais, públicas e privadas).
A Educação Profissional e Tecnológica é aquela na qual os estudantes de formação inicial continuada também se dedicam à qualificação profissional e cursos técnicos, seja via cursos integrados ao ensino médio regular ou subsequentes ou também ao Ensino a Jovens e Adultos (EJA), que é a modalidade destinada às pessoas que não puderam concluir o ensino médio na idade adequada.
Ter clareza sobre o contexto destes jovens e adultos é um caminho para tomada de decisões mais assertivas em relação ao progresso da educação profissional, da qualificação frente às necessidades do mercado e também do melhor aproveitamento de investimentos feitos na área.
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Análise de Dados
Com este painel é possível avaliar que as condições de origem, classe social e condições econômicas são fatores de forte impacto para o acesso à educação. No caso do Piauí, fica evidente a discrepância entre as matrículas de zona urbana e rural, além do foco de oportunidade permanecer entre os mais jovens de 15 a 17 anos.
Estes dados podem se tornar ainda mais ricos com análises de outros paineis como o Distorção Idade-Série e o Índice Básico de Educação Básica (IDEB). Por lá, você vai compor ainda mais esse contexto e entender com mais amplitude como a educação e a formação profissional são diretamente ligadas ao desenvolvimento econômico do país.
Metodologia e notas técnicas
Fonte: Censo da Educação Básica (2023) – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Definições:
Para o INEP, Educação Profissional é aquela de tumas de cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional (cursos FIC) articulados ao Ensino a Jovens e Adultos (EJA) ou ao ensino médio; ou cursos técnicos de nível médio nas formas articuladas (integrada ou concomitante) ou subsequente ao ensino médio.
Neste painel abordamos o ensino superior estadual, com a visão de percentuais de permanência, desistência e também conclusão de curso ao longo dos anos.
Analisar este tema é de suma importância para medir a saúde do sistema educacional e renovação do mercado de trabalho. É a partir destes aspectos que gestores, professores, pesquisadores e estudantes podem contribuir juntos para a melhora do ensino estadual.
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Análise de Dados
Com a ajuda da visualização de ranking, é possível ver que a conclusão de cursos não se detém a só uma área e bons índices estão em frentes de exatas, humanas e biológicas. Além disso, é possível observar o crescimento da conclusão de cursos desde 2017, com oscilação negativa durante os anos de pandemia de Covid-19 e forte retomada em 2022.
A permanência nos cursos também cresceu ao longo do tempo e se manteve sempre acima dos 60% até 2022, mesmo em anos de crise global com a pandemia. Em especial, em cursos mais tradicionais como Direito e Administração, a taxa de permanência se manteve acima dos 80%. Já os cursos de Matemática, Pedagogia, Geografia e Letras são alguns dos exemplos de cursos que mais aparecem em índices mais baixos de permanência até 2022, o que é um indicativo de necessidade de atenção específica a esses cursos, considerando inclusive a inserção profissional dos graduados.
Para uma análise precisa dos painéis, selecione um ano de ingresso específico e analise o fluxo histórico ano a ano, considerando o tempo médio de 4 anos para um curso de ensino superior.
O Ensino Superior tem forte ligação com o histórico de cada aluno e painéis como o de Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) ou o de Matrículas na Educação Profissional e Tecnológica podem ser bastante úteis para uma análise histórica e completa, permitindo uma visão geral da educação no Piauí e também no Brasil como um todo.
Metodologia e notas técnicas
Permanência no curso de ingresso: corresponde aos estudantes que possuem vínculos ativos com o seu curso de ingresso em um determinado ano de referência.
Desistência do curso de ingresso: corresponde aos estudantes que encerram seu vínculo com o seu curso de ingresso em um determinado ano de referência, seja por meio da desvinculação ou da transferência para outro curso da mesma instituição de educação superior.
Conclusão no curso de ingresso: corresponde aos estudantes que se formam no seu curso de ingresso em um determinado ano de referência.
Fonte: Indicadores de Fluxo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).