Obtivemos os dados acima através do Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), utilizando especificamente da tabela “7113 – Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por sexo e grupo de idade”. Foi selecionada a variável ‘’Taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade (%)’’. No campo ‘’Sexo’’, optou-se pelas categorias ‘’Total’’, ‘’Homens’’ e ‘’Mulheres’’. Para ‘’Grupo de idade’’, foram selecionadas as faixas etárias: ‘’15 anos ou mais’’, até ‘’60 anos ou mais’’.
A distorção idade-série consiste em um indicador que mensura a adequação etária do estudante em relação à etapa de escolarização que frequenta. Essa métrica permite identificar atrasos e adiantamentos durante o período escolar, além de subsidiar o diagnóstico de gargalos estruturais no processo de ensino-aprendizagem. A partir desse indicador, é possível delinear estratégias de intervenção que promovam acesso, permanência e conclusão das etapas do ensino fundamental e médio, contribuindo para a redução das desigualdades educacionais. Os fatores associados à repetência, entrada tardia ou abandono do ensino são múltiplos e interdependentes, mas vale ressaltar que a origem, raça, vulnerabilidade econômica e social são tópicos essenciais para o entendimento completo do cenário da educação em todo o país.
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Análise de Dados
A partir desse conjunto de fatores, é importante ressaltar que a zona rural do Piauí apresenta desempenho inferior ao da zona urbana, sobretudo no ensino médio. Embora as séries históricas indiquem uma tendência de redução da distorção idade-série em todas as etapas de ensino nos últimos anos, o ensino médio permanece como o nível mais crítico em âmbito nacional com percentual de 26,6%. Persistindo um quadro de atenção nos anos finais da educação básica, nos quais se concentram as maiores taxas de distorção idade-série e evasão escolar.
Metodologia e Notas Técnicas
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A distorção idade-série é um indicador que mede a proporção de alunos com dois ou mais anos de atraso escolar. No Brasil, a escolarização obrigatória vai dos 4 aos 17 anos. Segundo a legislação, aos 4 anos a criança deve estar na pré-escola, aos 6 anos no ensino fundamental e aos 15 no ensino médio. Idealmente, os alunos dos anos iniciais do fundamental teriam entre 6 e 10 anos, os dos anos finais entre 11 e 14 anos, e os do ensino médio entre 15 e 18 anos.
As variáveis analisadas incluem o ano de referência, a localização geográfica (rural/urbana) e o tipo de instituição (estaduais, municipais, federais, públicas e privadas).
A Educação Profissional e Tecnológica compreende a formação inicial e continuada de estudantes voltada à qualificação profissional, abrangendo cursos técnicos ofertados de forma integrada ao ensino médio regular, de maneira subsequente ou por meio da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), destinada àqueles que não concluíram a educação básica na idade prevista. A compreensão aprofundada do perfil e das condições socioeducacionais desse público constitui um elemento fundamental para a formulação de decisões mais assertivas, tanto no que se refere ao aprimoramento da educação profissional e ao alinhamento das qualificações às demandas do mercado de trabalho, quanto à otimização dos investimentos direcionados ao setor.
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Análise de Dados
A distribuição etária, conforme demonstrado no painel analisado, revela que a maior concentração de matrículas situa-se na faixa de 15 a 17 anos, que alcançou 44 mil registros em 2023. Em segundo lugar, aparecem os indivíduos com 25 anos ou mais, que somaram 21 mil matrículas no mesmo ano. A maior parte das matrículas corresponde a pessoas pardas e está concentrada na zona urbana. Em uma perspectiva comparativa nacional, o Piauí figura entre os dez estados com os maiores números de matrículas em Educação Profissional e Tecnológica (EPT).
Metodologia e notas técnicas
Fonte: Censo da Educação Básica (2023) – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Definições: Para o INEP, Educação Profissional é aquela de turmas de cursos de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional (cursos FIC) articulados ao Ensino de Jovens e Adultos (EJA) ou ao ensino médio; ou cursos técnicos de nível médio nas formas articuladas (integrada ou concomitante) ou subsequente ao ensino médio.
Neste painel abordamos o ensino superior estadual, com a visão de percentuais de permanência, desistência e também conclusão de curso ao longo dos anos.
Analisar este tema é de suma importância para medir a saúde do sistema educacional e renovação do mercado de trabalho. É a partir destes aspectos que gestores, professores, pesquisadores e estudantes podem contribuir juntos para a melhora do ensino estadual.
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Análise de Dados
Com a ajuda da visualização de ranking, é possível ver que a conclusão de cursos não se detém a só uma área e bons índices estão em frentes de exatas, humanas e biológicas. Além disso, é possível observar o crescimento da conclusão de cursos desde 2017, com oscilação negativa durante os anos de pandemia de Covid-19 e forte retomada em 2022.
A permanência nos cursos também cresceu ao longo do tempo e se manteve sempre acima dos 60% até 2022, mesmo em anos de crise global com a pandemia. Em especial, em cursos mais tradicionais como Direito e Administração, a taxa de permanência se manteve acima dos 80%. Já os cursos de Matemática, Pedagogia, Geografia e Letras são alguns dos exemplos de cursos que mais aparecem em índices mais baixos de permanência até 2022, o que é um indicativo de necessidade de atenção específica a esses cursos, considerando inclusive a inserção profissional dos graduados.
Para uma análise precisa dos painéis, selecione um ano de ingresso específico e analise o fluxo histórico ano a ano, considerando o tempo médio de 4 anos para um curso de ensino superior.
O Ensino Superior tem forte ligação com o histórico de cada aluno e painéis como o de Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) ou o de Matrículas na Educação Profissional e Tecnológica podem ser bastante úteis para uma análise histórica e completa, permitindo uma visão geral da educação no Piauí e também no Brasil como um todo.
Metodologia e notas técnicas
Permanência no curso de ingresso: corresponde aos estudantes que possuem vínculos ativos com o seu curso de ingresso em um determinado ano de referência.
Desistência do curso de ingresso: corresponde aos estudantes que encerram seu vínculo com o seu curso de ingresso em um determinado ano de referência, seja por meio da desvinculação ou da transferência para outro curso da mesma instituição de educação superior.
Conclusão no curso de ingresso: corresponde aos estudantes que se formam no seu curso de ingresso em um determinado ano de referência.
Fonte: Indicadores de Fluxo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).